Um estudo recentemente publicado na Circulation contou com participação de mais de 400 voluntários do “Framingham Heart Study” (FHS).
O objetivo foi identificar no sangue o perfil metabólico induzido pelo exercício e delinear a arquitetura metabólica dos padrões de resposta ao exercício em humanos.
Um teste de esforço máximo (cardiorrespiratório) e o perfil do metabólito foi realizado nos voluntários (idade 53 ± 8 anos, 63% mulheres), sendo que o sangue foi coletado em repouso e no pico do exercício físico.
Mudanças nos níveis circulantes de 502 para 588 metabólitos medidos do repouso para o pico do exercício (duração do exercício 11,9 ± 2,1 minutos) foram identificadas.
As alterações incluíram:
- reduções nos metabólitos implicados na resistência à insulina;
- aumentos nos metabólitos associados à lipólise,
- biodisponibilidade de óxido nítrico,
- escurecimento adiposo,
- entre outras vias relevantes para o risco cardiometabólico.
As mudanças nos metabólitos induzidas pelo exercício foram variavelmente relacionadas à:
✔️intensidade do exercício realizado (pico de carga de trabalho),
✔️sexo e
✔️índice de massa corporal (IMC).
Houve atenuação de mudanças favoráveis nos metabólitos em indivíduos com IMC mais alto e maiores mudanças em metabólitos cardioprotetores em mulheres.
O exercício agudo provoca alterações generalizadas no metaboloma circulante.
Identificação das vias centrais associadas a saúde cardiometabólica e doença cardiovascular são muito úteis para compreender melhor os benefícios agudos do exercício físico.
Nayor M, Shah RV, Miller PE, et al. Metabolic Architecture of Acute Exercise Response in Middle-Aged Adults in the Community [published online ahead of print, 2020 Sep 15]. Circulation. 2020